panqueca de banana e aveia

Minhas receitas favoritas são aquelas que posso fazer sem planejamento. A panqueca de banana com aveia é uma delas: fica pronta em minutos e sempre tenho os ingredientes em casa. 

Ela é perfeita pro café da manhã de domingo, ou lanche da tarde – quando bate aquela vontade de comer bolo, mas falta tempo de preparar. Ah, uma dica é guardar as que sobrarem na geladeira e depois esquentar na torradeira. Fica até mais gostosa!

Panqueca de banana com aveia (sem glúten e sem lactose)
(rende 9 panquecas)

– 3 bananas pequenas
– 2 ovos
– 1 xícara de farinha de aveia (use certificada sem glúten, se for celíaco)
– 1 colher de sopa de mel
– 2 colheres de sopa de água
– 2 colheres de sopa de óleo de coco (pode ser outro óleo vegetal)
– 1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
– 1/2 colher de chá de canela
– 1/2 colher de chá de sal
– chocolate picado

– amasse a banana e misture com o mel, água, óleo de coco e ovos.
– acrescente o restante dos ingredientes.
– deixe a massa descansar por cerca de 10 minutos ( enquanto você lava a louça e guarda os ingredientes)
– aqueça uma frigideira com um pouco de óleo e, depois de quente, despeje uma concha da massa para formar cada panqueca.
– deixe cozinhar por cerca de 3 minutos e vire por mais 1 minuto.

* Ah, o paninho da foto é de um jogo americano lindo feito por uma amiga querida. O site da loja dela é esse aqui.

 

passeio de bicicleta

Por trás do semblante tranquilo, o Dudu é um ser hiperativo – que ama acordar cedo, gastar energia e estar ao ar livre. Por isso que, após o feriado estudando pro mestrado, ele decidiu que domingo iríamos andar de bicicleta. Precavido, logo avisou que seria um passeio daqueles de cansar bastante.

Às 8h00, fazia muito calor e tentei convencê-lo a trocar a pedalada por um mergulho na praia. Nada feito: lá fomos nós encher os pneus. Seguimos pela ciclovia da Avenida Beira Mar, cruzamos a ponte e avançamos até o Bom Abrigo. Foram 26km de subidas, descidas e paisagens maravilhosas.

Confesso que reclamei mais que me orgulho. O sol queimava as costas e as coxas queimavam de cansaço. Na metade do caminho, meu humor se transformou: passei a pular e cantar em cima de bicicleta e pedalar com força. Meu maior combustível foi o sorriso do Dudu. Por ele sou até atleta – ou o mais perto disso que consigo chegar.

Aqui tem outros passeios que fizemos de bicicleta. <3

inspira, expira

No domingo passado, a Alice voltou de São Paulo com uma gripe violenta: febre que não baixava, garganta trancada, dor no corpo todo e vômitos pela madrugada. Talvez fosse uma virose qualquer, mas as notícias alarmantes sobre o H1N1 nos deixaram apreensivos. 

A Nina veio ficar comigo e com o Dudu, e meus pais montaram uma enfermaria em casa. A cada hora, eu ligava para saber novidades – que alternavam entre boas e ruins. Me sentindo impotente, acendi uma vela e pedi aos meus anjos que cuidassem da minha irmã: eu estaria bem sem proteção, só queria que ela ficasse boa logo.

Na sexta-feira, a Alice saiu da cama pela primeira vez. Era aniversário do meu pai – que nasceu no mesmo dia de sua mãe. Logo cedo, o Facebook sugeriu dar parabéns à minha vó. Faz quatro anos que ela se foi, mas seu perfil continua ativo. Chorei desoladamente ao ver sua foto. Pedi desculpas por não pensar tanto nela e expliquei que ainda dói demais.

No sábado, alugamos um caiaque e eu remei com toda força, aliviando as tensões acumuladas da semana. No domingo, passeamos com a Matilda e mergulhei os pés na lagoa, deixando levar o que ainda restava. No fim de tarde, tomei um longo banho, assistindo pela janela ao sol se pôr atrás do morro. 

A Terra expirava ao fim de mais um dia. Enchi o pulmão e fiz o mesmo – soltando o ar lentamente. Tudo estava bem.

abril indeciso

Abril decidiu ser verão – e eu acatei com entusiasmo.

No sábado na praia, chamei o Dudu para pegar jacaré. “Só mais essa onda”, dizíamos, mas não conseguíamos parar. Deslizávamos até o raso e, rindo, corríamos de volta pro fundo. Foi um daqueles momentos em que tudo ao redor desaparece. Uma voz me sussurrou que estava fazendo papel de ridícula – mas outra, muito mais alta, me lembrou que não existe ridículo quando se é feliz.

Almoçamos num pub alemão em São Pedro de Alcântara (a primeira cidade de colonização alemã em Santa Catarina). O cardápio tem seis pratos: a maioria envolvendo batata, carne e repolho. Provamos dois deles, acompanhados de chopp e seguidos de sobremesa. Além da comida deliciosa, o ambiente é todo decorado e os garçons se vestem a caráter. 

No domingo, acordamos às 7h e nos aprontamos para mais um passeio. Até que abril decidiu ser outono: o tempo fechou e começou a chover. Vesti um casaco por cima do biquíni e fomos pra padaria. Depois do almoço, cochilamos acalentados por um filme entediante na televisão. Terminei o dia dando banho na Matilda e na Violeta – que passaram a tarde brincando no canteiro de obras da casa dos meus pais.

Sobre o pub: 

  • O pub alemão foi indicação de um amigo – e é realmente muito bom! Vale lembrar que o cardápio completo só é servido nas quintas, sextas e sábados, que é quando o chef de cozinha está lá. Nos outros dias, têm opções de pratos mais simples. O Facebook deles é esse: www.facebook.com/KneipeWeisskopf. 

bombinhas

Acordamos mais tarde que o despertador. A festa da noite anterior pesava em nossos olhos, mas nada que um plano traçado e um dia de sol não pudessem aliviar. Trocamos de roupa, arrumamos as mochilas e compramos um saco de pão de queijo na padaria. Em menos de uma hora, estávamos na estrada.

Há algo mágico em dirigir numa BR. As possibilidades são infinitas e despertam os sentimentos mais aventureiros: “vamos em frente e ver onde vai dar?”. Basta pisar no acelerador para cruzarmos cidades, estados e países. Dessa vez, pegamos a saída 156, com destino a Bombinhas.

Na praia da Sepultura, corri direto pro mar. Desde criança não me sentia tão à vontade na água. De barriga pra cima, fechei os olhos e deixei levar. Tive medo de bater nas pedras, mas ignorei e boiei até chegar no raso. Fiquei ali uma eternidade: as ondas quebrando na cabeça e a areia entrando no biquíni. 

Almoçamos peixe e cerveja num restaurante na beira da praia da Tainha. Depois de comer, estendemos nossa canga na areia, à sombra de uma pedra. Deitado no meu colo, o Dudu dormiu em segundos. Tentei fazer o mesmo, mas estava muito viva para conseguir desligar. 

No fim da tarde, pegamos a estrada de volta. Chegamos em casa com os cabelos embaraçados, as bochechas queimadas e o maior sorriso que cabia no rosto. Foi um sábado daqueles pra guardar no coração – e reviver sempre que a vida cambalear. 

Algumas dicas:

  • Bombinhas é muito linda. Se estiver pensando em ir, vá!
  • Para entrar na cidade é preciso pagar uma taxa de preservação ambiental: 24 reais por carro, por dia.
  • São muitas opções de praias – desde perto da cidade e movimentadas, até mais afastadas e tranquilas. Como ficamos só um dia, escolhemos ir nas mais diferentes: da Sepultura e da Tainha. As duas são pequenas e cheias de charme. A água é super cristalina e muitas pessoas mergulham de snorkel.
  • Também são muitos os restaurantes. A gente foi no Porto da Tainha, um bar e petiscaria que fica na praia da Tainha. A comida é boa, mas o destaque vai pra localização: quase na areia.
  • Para apreciar a vista panorâmica do Canto Grande (duas praias que ficam uma de costas pra outra) há duas opções. A primeira é a trilha do Morro do Macaco, que dura cerca de 40 minutos e é bem inclinada. A segunda é o mirante Eco 360, que dá pra chegar de carro e custa 10 reais por pessoa. Por falta de tempo, optamos pelo mirante. A estrutura não vale o preço, mas a vista vale. É de suspirar.
  • Ainda quero voltar para fazer o passeio de barco até a ilha de Anhatomirim. Dizem que é lindo.
  • Apesar de muito turística, a cidade tem ruas estreitas e pouco estacionamento. Imagino que seja caótica no verão. Para quem mora perto, vale esperar a temporada passar. Estava bem vazio quando fomos.